sábado, 20 de setembro de 2008

As fibras

Jacaré nada de costas
O relógio faz tique taque
E vc com seu badulaque
Balançou minha emoção
Nem que tenha que ficar
Horas e horas a fio
Eu descubro essa magia
Pra onde corre o rio
Me diga, me diga por favor
O que foi que sucedeu
Eu bem que havia lembrado
Bateu mas não doeu
Borboleta cospe fogo
Eu durmo sentado
Só poste fica parado
Não de mole não
Porque toda essa prosa
Se essa vida é honrosa
Deixe de cavar
Não vai aliviar
O turbilhão endureceu
As fibras do seu coração
Mas pense que há volta
Va na contramão

Tentei voltar

Voltei, tive que voltar ,
Mas não deu para ficar
As aguas passadas rolaram
Nas minhas retinas ficaram
Havia muito o que fazer
Desatar os nos da enganação
Enquanto o povo dormia
Despertava o leão
Vc sentiu saudade
Saudade do que não passou
Eu bem que pressentia
Voltou mas não ficou
Enquanto a besta da fome
E da terrivel alienação
Estiverem rondando a solta
Eu não descanso não
Vc cresceu
Nem parece uma menina
Já é quase mulher
Desculpe se perdi alguma coisa
A vida tem dessas coisas
Mas sempre ha compensação
Esses dias terriveis
Onde o mal predomina
Ate que os tempos são outros
Mas a cantiga ensina
Cante o que puder
Pra acender sua razão
Nem que tenha que perder
A porra de um tostão