terça-feira, 29 de abril de 2008

Deus

De la de cima eu sou onipotente
Há outros deuses eu to ciente
Matéria cósmica ou o universo em expansão
Eu fui Dalila quando cortei o cabelo de sansão
Muitos falam em meu nome
Mas só os sábios me compreendem
De maneira simples eles me sentem
Caju maduro ou a semente
Eu peço apenas experimente
No planeta terra quando o macaco evoluiu
Agora já homem pela primeira vez me sentiu
Eu sei que vocês dizem que a Fé remove montanhas
Por isso eu acredito na façanha humana
Vida após a morte reencarnação
Isso é um mistério meu irmão
Sinta o vento veja a borboleta
Que vocês vão esculpir minha estatueta

domingo, 27 de abril de 2008

O rei

O sol flamejante
Ate quando vai durar
Na nossa misera existência
Com possibilidades de grandezas
Dorme um rei afugentado
Num castelo fortificado
Longe do deserto
Perto da savana
Que mais poderíamos querer de um rei
Que ele fosse valente
Seria inconsequente
Os tempos são outros
Figuras de enfeite
De um jardim cultivado

sábado, 26 de abril de 2008

Chamas

Um ser em chamas azuis
Apoteose de um certo carnaval
O oposto de um ferro em brasa
Carnaval fraquejante
Alas sob os olhos dos jurados
Em frente para algum lugar
Que seja talvez escondido
Mas vigiado pela liberdade
Maravilha desvendada
Encontros casuais
De um certo desespero
Nunca revelado

A vida

Doce como um mel
Ratos no porão
A espingarda engatilhada
Esperando um publico alvo
A mata esta fechada
Clareira desfigurada
O cheiro é de óleo diesel
A máquina esta emperrada
A morte se veste de branco
Sorrateira, importuna
A vida esta de roupas rasgadas
Melhor que estivesse nua
O fato é que tudo se anula
Virando poeira cosmica

O novo

Seria a arte que floresce em guetos aquela que podemos chamá-la de mais original. Depende da definição de gueto. Seria grupos de pessoas que vivem um pouco a margem, isso sem um cunho pejorativo.
Como se inicia um movimento? Com certeza há precursores, pessoas com uma sensibilidade para captar e misturar varias tendências e transformar isso em algo novo.
James Brown criou o funk devido a sua capacidade de síntese e uma idéia original. Será que estão esgotadas as novas possibilidades de se criar algo novo? Acompanhando a historia da arte podemos prever que haverá surpresas.
O poder de síntese de algumas pessoas que estão envoltas em certas circunstancias nos levam a crer que ainda é possível o novo, o original.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Reconditos

Gelado como um iceberg
Que só mostra só o cume
Analogias
O nosso consciente é só a superfície
Nos recônditos da mente
Nem sempre se sabe
O que se processa
Mistério especulado por psicólogos
Que ainda não deram um grande salto
Semear o inconsciente
Pra que venha a tona
Concataneções complexas de uma maneira simples
O impulso vil é um reflexo
De um cavalo selvagem nas profundezas da mente
Domar, essa é a palavra chave
Transformar sutilmente
Persona renovada

Um ser

No meio da noite lúgubre
Descansa um ser esfatiado
Com os órgãos a mostra
Espada na bainha
Limpa como um sangue
Chacina na verdade
Banalizado o fato
Isso veio de um ato
Insano por natureza
Realmente não há beleza
Só tristeza

Beleza

Antes do nascer do sol
Pererecava uma rãzinha
Colorida que só ela
Nem sabe o predador
Que sua defesa é mortal
Veneno letal
Como uma coisinha tão bela
Esconde tal poder
Beleza não põe mesa
Isso já se sabe
Porem, tem seus artifícios
Não se iluda
Padrão de beleza
O espião é muito bonito

domingo, 20 de abril de 2008

Arte

A arte que a maioria tem contato nem sempre é a mais elaborada. A restrição da grande mídia em eleger estrelas nem sempre é guiado pelo repertorio mais dilapidado. Quem se informa em canais alternativos e ate mesmo guetos culturais pode ter experiências mais apreciáveis.
A escola deveria desempenhar o papel de desenvolver o senso critico do ser alem de prepará-lo para garimpar obras de arte.
Filhos que tem a influencia dos pais em não se contentar com a mesmice tem vivencias mais enriquecedoras.
Há a questão do ser que esta condicionado com o pobre de conteúdo e tem internalizado uma barreira em relação a arte mais refinada.
A arte floresce. Só precisamos de um empurrãozinho para poder apreciá-la.

Tesão

Essa palavra já foi vulgarizada
E já foi enaltecida
Alguns tem de sobra
Outros nem a sobra
O que move nalguma direção
Constrói, arquiteta, estrutura
Dependendo da conotação
Se aplica a um aspecto
É de você que eu estou falando
Tesão da minha vida

Guiado

Uma luz no fim do túnel
Nem sempre é um sinal
Que tal uma estrela guia
Ou um cometa pra se guiar
Ou melhor seguir placas
Que levam a todos os lugares
Ou a lugar nenhum
Ser guiado por corações e mentes
Ou por um líder qualquer
Mas lembre-se de uma coisa
Um passo e você não estará mais no mesmo lugar

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Adeus....

Pode ser que sim, pode ser que não
Quem sabe a verdade senão
Adeus...a todas ilusões
Calma vou sonhar , realizações
A vida é um jogo acirrado
Sinuca de bico
Fica de butuca
Olha pro seu lado
Não vá cair , em tentação
Não vá se vender pelo pão
Pode ser que sim, pode ser que não
Quem sabe a verdade senão
Não queira voltar ao passado
Tentando mudar a situação
Negocio é viver o presente
A bola é pra frente
Não tem solução
Pode ser que sim, pode ser que não
Quem sabe a verdade senão
Seu silva foi ao mercado
Comprar a bolacha o leite e pão
Coitado ficou na pendura , ficou no vermelho
Sem o ganha pão
Pode ser que sim, pode ser que não
Quem sabe a verdade senão
Quem sabe a verdade senão
Adeus...

Ponto pacifico

Subindo a ladeira na contramão
Não quero nem sabe se vem o busão
Criticando o sistema de maneira profunda
Caros ouvintes essa minha labuta
Decupando a estrutura numa panorâmica
Monte Everest , a visão é ampla
Só vou tomar cuidado com o buraco negro
Super nova eu to ai viajo sem medo
Não vou descambar pra anã azul
Minha nave é intergalatica
Voa com tática
Simplesmente surfa no vácuo
A luz se curva
Einstein ressuscita
Viagem no tempo
Encontro com deus numa coordenada
X, y, z isso é puro ectoplasma
Se Deus está no todo e no mais ínfimo
Portanto sou deus, isso é ponto pacifico

Tristes figuras

Neste brasil vejo tristes figuras
Que se intecalam nessa loucura
Da produção
E quer pão de cadia
Que passa
Fome, miséria, desgraça
É só largar mão dessa ambição
Que passa
Fome, miséria, desgraça
Poderes homens todos querem
Enquanto a vida toda passa
Ao meu redor só dor pirraça
Complexa estrutura
Cabeças dominadas
Enquanto tanto é pra pouco dado
A sorte esta lançada...

Homo concretis

Respiram fumaças, já rotina
A vida no lugar sem vida
Será que não se lembram do seu velho habitat
Alma da vida, vital , vitalícia
Que paradoxo esse troço de viver na capital
Tudo bem pode ser um lance cultural
O pior de tudo isso é esse tabaco industrial
Mas ate que momento
Poderemos suportar esse sofrimento
E pra manter essa evolução
Será inevitável a destruição
Me chamam de louco, alienado
Mas isso não me obriga a ficar parado
Portanto deitado, esperando sentado
Diante dessa inanição
Ate que alguém resolva de coração
Tomar uma atitude pra findar situação
Situação..., situação

No desafio

No desafio, tem que ser rápido
Tem que ter destreza
Pensar em tempo hábil
Como um relâmpago
Como um trovão
Primeiro vem o flash
Depois o barulhão
A luz é absoluta
O som é relativo
Por isso caminhe em direção ao inifinito
Olhe pra frente não olhe pra trás
Senão vc tropeça senão vc cai
Faço versos como uma criança
Pinto e bordo e dou uma festança
Por enquanto já vou me despedindo
Talvez a gente se encontre nesse labirinto
Pensando bem vou ficar mais um pouco
Vou tirar mais água desse poço
Que é minha cabeça, que é meu pensamento
Concatenação de sinapses como um relampejo
Eu teço rimas como uma aranha
Fulgor da natureza ninguém estranha
Eu acelero a duzentos por hora
Chega no destino sem demora

domingo, 13 de abril de 2008

De repente

De repente a realidade se transfigura
Será uma perspectiva do subjetivo
A reação em cadeia desencadeada pelos meus atos
Neutraliza-se com uma ação contraria
O universo esta em transformação
Mas aquela musica é sempre a mesma
Remete-me a memória de algum lugar no tempo
Onde luzes são jogadas quando penso no porque
E o futuro uma incógnita de probabilidades
Moldada pela historia que estou escrevendo
De repente a realidade se transfigura
Será um fato objetivo
Só não me tirem o sorriso esboçado por algo engraçadinho
Porque é o que me move para algo paradisiaco

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Farsa

Hoje em dia vemos um movimento crescente de mobilizações, reivindicações e passeatas, mas que ainda se restringe a uma minoria.Por outro lado a uma grande massa meio que alienada, com caráter ate pode se dizer reacionário. Sera que se essa minoria começar a ser ouvida e as coisas começarem a mudar não poderiam usar a maioria como massa de manobra?
No período de 64 ate 69 , quando houve o golpe militar ate a publicação do AI-5, vivíamos um momento de grande conscientização de uma parcela da população. Que se manifestava, seja através da arte, seja através de comícios. Mas como essa conscientização não era estendida a grande maioria do povo, pode se dizer os usaram como massa de manobra pra dar sustentação ao que estava por vir.
E o que veio conhecemos bem: censura, desaparecimento, tortura; repressão brava mesmo. E se há aqueles que lembram com saudosismo a situação econômica na ditadura, essa impressão que perdurou durante uns anos foi artificial. Pois quando os militares saíram de fininho culminando na redemocratização o pais estava em frangalhos.
Portanto, as escolas tem um papel fundamental para municiar as crianças e adolescentes sobre o que se passou num período de exceção como foi a ditadura.
Pra que mais uma vez a historia não se repita como farsa.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Bebe , eu amo vc

Bebe, com vc me desperto
Respiro o ar tanto da madrugada quanto da noite como uma criança
O seu carinho me completa
Azaléia desabrochando no verão
Vc é como um sol
Ilumina o que de mais bonito em mim
Que o tempo passe e permaneça
Essa musica boa que escuto qdo estou com vc
A rosa é muito linda
Mas o teu perfume, bebe, é superior
Nosso amor se resume em um verso
O amor é solido qdo há sinceridade
Se estivesse no Nepal contigo
A existência em torno de vc me completaria
Ave Maria protege nosso amor
Vc é uma religião pra mim
Bebe, eu te venero
Vc me vê como eu sou
E valoriza as minhas virtudes
Com isso valorizo vc
Minha caboclinha espiritualiada
Pra concluir so vou te dizer
Amor eu amo vc

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O estrondo

O estrondo

O estrondo foi forte
Não tão forte para acordar algo alem
Mas acordo eu do sono dos mortais
Olho pela janela
Nuvens pairam no céu
Será que haverá eletricidade pra gerar uma tensão que me empurre pra frente
Explodo como uma bomba nuclear
Mas que não vaze radiação
E sim, perfume

Dias melhores virão

Dias melhores virão

Nem mesmo o martelar de seus dedos nesta fina estampa poderia rasgar o véu dos meus sonhos
No entanto o som do seu estribilho sacode minha poeira
E penso no fato de que interfere no meu pequeno universo em expansão
A atemporalidade de um poema cabe na minha caixinha de musica que esqueci em algum canto da varanda
Mesmo que tivesse as mãos decepadas , arrumaria um jeito de imitar essa melodia
Só pra fixar na minha mente eternamente
O prelúdio do que antevejo e não quero me esquecer
Mas quem disse que há destino
Prefiro me contentar com o improviso
Mesmo que meta em muitos padrões
Afinal , ainda ressoam gritos ancestrais nos meus genes que podem se mutar
Mutação e transformação
Não se pode evitar
Mesmo que haja a euforia de uma paisagem psíquica que nos deslumbra
Apenas lembro da frase
Dias melhores, virão?

Xamã

Xamã


Catavento é um negocinho bem legal
Mas não esta ventando
Nem ao menos as sementes das minhas idéias estão se espalhando pela terra
Talvez mande um e mail
Afinal não tenho selos
Se estivesse no século 51 com certeza usaria a telepatia.
Mas talvez não seja uma boa idéia essa aguardente
Prefiro suco ou talvez cha
Ou quem sabe o gosto da tua saliva que se confunde com a minha
Tenho medo de altura
Porem estou nas nuvens num aeroplano
E não sei como pousar
Me atenho a paisagem disforme
Afinal não tenho lente de satélite embora sinta o cheiro de uma queimada
E o sol não seria tão cruel de usar seus poderes assim
Um xamã evoca seus deuses e começa chover
Que pena que não há tantos deuses como há homens

MarcoKosmo

Há, há, são tantas as mutações...



Marcokosmo desempregado procura louco um trabalho. Com quase trinta anos era um sonhador, tinha idéias de ser músico, desenhista, ator, enfim, artista. Estava sempre duro e morava na casa dos pais que sempre o incentivavam a arrumar um emprego.
Marcokosmo queria trabalho , e no trabalho incessante da mente, procurava a saída, procurou nos anúncios de jornais até a exaustão. Operador de micro, marcou no jornal, ligou, agendou a entrevista.
Chegou o tal dia, terno serio vestiu do pai, beijou a sua mãe que lhe disse boa sorte, refletindo foi ao ponto relaxado da angustia das semanas anteriores.
Chegando no endereço, um prédio novo imponente com trinta andares, tinha a cor cinza como seu terno. Caminhou até o sexto andar, local da entrevista, e se apresentou com uma mistura de simpatia e formalidade que lhe rendeu pontos na entrevista, a qual foi muito bem sucedida lhe conferindo o emprego.
Seu patrão, Patrício Ferreiro era um burocrata, só pensava nas regras da empresa. Era um puxa-saco dos seus superiores e um explorador de seus funcionários.
No primeiro mês Marcokosmo estava empolgado, conheceu vários funcionários dentro da empresa; no segundo mês já fazia o trabalho de modo mecânico mas seu chefe não saia de cima; no terceiro mês acirrou seus atritos, a rotina estava cada vez mais maçante.


A situação chegou a um ponto insuportável. Seu patrão tomou uma decisão, daria um ultimato a Marcokosmo, colocando-o contra parede. Lá fora o tempo estava fechando, trovejava e relampejava, Iansã esbravejava no céu. Marcokosmo estava se distraindo vendo mulheres nuas na internet, tomava cuidado para não ser pego. Patrício o surpreendeu e disse esta pego, e começou a dar um esporro em tom alto , exaltado e militar pra constranger Marcokosmo. Este surpreendido preparou agilmente seu espírito pois sabia que a bomba estava estourando no seu colo. Começou a se defender, disse que estava trabalhando exaustivamente no micro e que por lei, tinha dez minutos de descanso a cada hora. A chuva diminuiu seu ritmo e um feixe de sol invadiu a vidraça do escritório ofuscando Patrício Ferreiro.
O chefe gritou à Marcokosmo que aquilo era uma insubordinação e que ele deveria se colocar na sua posição de empregado. Um trovão violento e sufocante ecoou no céu, de repente um crepúsculo fora de hora escureceu a tarde; desabou uma chuva diluviosa. Iansã estava enfurecida e os outros orixás começavam a se debruçar do palco cósmico, pois aquele embate havia tomado contornos épicos.
Oxalá, o orixá supremo rapidamente fez um juízo da querela e decidiu, simpatizando com Marcokosmo, que ele estava com a razão e o inspirou. Marcokosmo mesmo perplexo sentiu uma confiança que não sabia de onde vinha, e disse a Ferreiro que não era obrigado a se submeter a um tirano. Patrício ficou vermelho sangue de raiva e xingou o pobre Marcokosmo perdendo a razão, enquanto Marcokosmo se acomodava confortavelmente na poltrona, deixando os insultos entrarem por um ouvido e saírem por outro.
Patrício Ferreiro gritava tanto que logo a sala ficou cheia de curiosos vendo Marcokosmo ser ofendido. Criou-se uma arena envolta dos dois, e não preciso dizer que todos estavam do lado de Marcokosmo, nosso herói, que contra intempéries de seu chefe venceu a batalha como representante da vontade de sua classe insubordinada por Patrício Ferreiro.
Marcokosmo venceu a batalha, mas não venceu a guerra. Foi despedido um mês depois, não foi fácil para ele, ficou deprimido, para sair daquele estado tentou de tudo e partiu paras drogas em noitadas que lhe cobriam a mente e os sentidos.
Luciana era um avião. Ela vendia drogas e Marcokosmo sempre foi curioso. Ela persuadiu Markosmo de que maconha cocaína e outras cositas mas estavam obsoletas. No seu catálogos de substancias havia drogas leves e outras nem tanto: mescal, salvia divinorum e o que ia foder de verde amarelo ele: acido lisérgico com uma mão cheia de anfetamina.
Experimentou, titubeou, decidiu-se e caiu de boca.
Boas viagens ele teve num primeiro momento. Mas surpresas podem acontecer...e de fato foi o q sucedeu, acabou se embanando todo num esquema nefasto ,ou seja uma bad trip.
Cambaleou suas ideias, entortou sua mente, fechou seus caminhos, só ñ caiu por terra pois tinha lido muita mitologia e algumas cositas demas. A sua salvação foi o movimento antimanicomial.
Mas ele passou por muitas etapas antes disso. A bad trip deflagrou um surto psicótico que deixou sua mente cega. Marcokosmo não via mais pessoas há sua volta, via anjos e anjos caídos que tinham a missão de um rearranjo espiritual no planeta, enquanto isso, no mundo real pessoas pagavam suas contas, seguiam suas vidas sem muita fantasia.
A situação ficou grave, Marcokosmo não conseguia mais se comunicar. Falava só de sua missão, e pra completar, com ’’anjos’’. Seus pais não agüentaram, e numa sexta-feira 13 levaram Marcokosmo ao pronto-socorro psiquiátrico.
Foi a pior experiência da sua vida. Foi amarrado numa cama após injetarem uma droga que o paralisou da mente até os músculos não deixando sequer o movimento livre de sua boca para reclamar. Passou uma semana assim, nos últimos dias o surto já tinha passado e seus pais foram busca-lo.
Até nunca mais cavaleiros do apocalipse...
Regenerou-se o cordão umbilical, apesar de que as reverberações dos acontecimentos iam dar o que falar...O barulho havia passado...outras orquestras tilintavam na sua cabeça. A pergunta é esta: quem seria o regente?:...começou a se interessar pela espiritualidade que era uma lacuna na sua personalidade.flertou com krishna,fez uma viagem no tempo e ouviu o sermão da montanha e parecia que estivera com Maomé quando Alá revelou tão bela doutrina. Markocosmo evoluiu rapidamente. Estava na hora de por um pouco de mandinga na sua biografia.
Então foi atrás das coisas que mais gostava, ia em shows de rock, jazz e blues; fez um port-folio com seus desenhos, que mandaria para editoras e empresas de publicidade. Um tempo depois entrou num grupo de teatro, fazia performances pela cidade, mais tarde entrou numa banda de rock. Era a época de ouro na sua vida, fazia o que queria e o que queria era o que mais precisava e aos poucos, junto com seus amigos ele foi saindo do fundo daquele poço.
Sem duvida ele tinha vencido uma das primeiras grandes batalhas em sua vida, e como dizem que deus não coloca obstáculos impossíveis de contornar, Markocosmo teria algumas surpresas, a pergunta é: será que Deus não exagerou na pitada de sal?...